Não resta dúvida que o esportista mais beneficiado com o spinning é o ciclista, independente da categoria disputada, uma vez que a atividade traz toda uma fundamentação teórica do ciclismo e dele nasceu com o seu criador.
Numa aula dessas, embora o público seja normalmente heterogêneo, mesmo assim podemos observar alunos se destacando mais em determinadas manobras do que em outras, em função do biotipo, mais ou menos como acontece no próprio ciclismo.
A diferença natural nas proporções corporais, além do tipo de musculatura e em tese de fibras musculares natas, proporciona algumas vantagens em determinados momentos da aula.
As pessoas de baixa estatura e leves, costumam levar vantagem nas manobras em pé simulando subidas, desde que a força exercida nos pedais não seja proporcionalmente superior ao peso corporal. Isso tem a ver com a força relativa citada por Zatsiorsky. A facilidade de pedalar nessa situação aumenta se o aluno for dotado de um longo fêmur, característica física favorecendo o princípio das alavancas. No ciclismo essas pessoas são conhecidas como montanheiras.
Nessas mesmas manobras em pé, com carga, os alunos mais corpulentos e ou com músculos da coxa (quadríceps) muito fortes, costumam levar vantagem porque nesse caso vale a força absoluta. Enquanto os outros alunos, de menor peso corporal estão pedalando com uma carga 2, por exemplo, os corpulentos estão na 3 ou 4 para um mesmo ritmo ditado pela música escolhida pelo professor.
Os alunos de estatura média, nem corpulentos nem pequenos, embora não se destaquem em nenhuma manobra específica, na aula como um todo podem mostrar uma resistência mais elevada.
Podemos observar ainda um outro tipo físico. Os pequenos mas com as coxas muito grossas. Esses costumam ser bons nos estímulos de curta distância dos intervalados com giro auto.
Outro fator a ser levado em conta nas aulas de spinning é a facilidade que as mulheres têm de desfrutar do prazer dessa atividade em função do menor diferencial de força nos membros inferiores quando comparado aos homens. Segundo pesquisas citadas por MacArdle, nos valores de força absoluta, as mulheres são cerca de 50% mais fracas do que os homens nos segmentos corporais superiores, mas essa diferença cai para 30% quando analisado apenas os membros inferiores. Essa diferença pode ser ainda menor quando se compara homens e mulheres treinados.
A exemplo de qualquer outra atividade física, o spinning por si só não é completo, prevalecendo bastante as valências físicas, força e resistência nos membros inferiores assim como o condicionamento cardiovascular e a eficiência nos objetivos de emagrecimento. Fica a dever o desenvolvimento do tronco e membros superiores além de possibilitar dores na coluna lombar por causa da posição curvada similar ao do ciclismo de estrada. Não é porque o spinning traz uma fundamentação teórica do ciclismo que a posição seja obrigatória. O guidão é ajustável e nada impede de fazer a aula com ele mais alto mantendo a curvatura lombar mais anatômica.
Em função disso, a musculação e as aulas de alongamento são as atividades recomendadas como complementares. A musculação tanto pode servir aos objetivos de completar, como aumentar a eficiência da pedalada melhorando a força nos membros inferiores. Um trabalho bem feito pode resultar na transferência de força física de uma para outra atividade.
Um aula de spinning segue os mesmos procedimentos teóricos do exercício físico. Ou seja, aquecimento, atividade motora de acordo com o fundamento ou valência física da aula a ser explorado ou desenvolvido e desaquecimento. Os alongamentos após a aula devem ser feitos, até por uma questão de comodidade, fora da bicicleta.
É bom também que se diga. Qualquer profissional de Educação Física graduado e registrado no respectivo Conselho Regional pode ministrar aulas de spinning da mesma forma que pode atuar em qualquer área da Educação Física. Os profissionais provisionados, de acordo com o Conselho Regional de Educação Física, só podem ministrar aulas de spinning se possuírem registro de "ginástica".
A bem da verdade, spinning é um treinamento físico feito na bicicleta, baseado no intervalado, desenvolvendo diversas valências físicas, e como exercício físico exige conhecimentos próprios da profissão.
Luiz Carlos de Moraes CREF/1 RJ 003529
Copacabana Runners / Noticias do Corpo - On line - Bike Indoor - 13/12/2005
8 comentários:
affffffffff que porcaria é essa !
Site pior que o meu
kkkkkkkkkkk
isso é pra riii ou pra chora....
Anônimos?...
Sem argumentos?...
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!
afff...zzz
isso q eu qro nao tem
afff*/
muito grande :/
oq eu procuro não tem!
afs......
nao e isso
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