segunda-feira, 6 de outubro de 2008





Efeitos do Cochilo após o almoço


Revista Galileu - Saúde - 02/10/2008

Cochilo depois do almoço estimula aumento da concentração

Quem pensa que dormir depois do almoço é coisa de preguiçoso, está muito enganado. Estudos revelam que siesta aumenta aprendizado e memorização.

Todos sabem que dormir bem ajuda a manter a saúde. Mas o sono ainda é cercado de desconhecimento e mitos, como o de que precisamos dormir 8 horas por dia. "Isso é mentira", diz Marco Túlio de Mello, chefe da disciplina de medicina e biologia do sono do Departamento de Psicobiologia da Unifesp. "Acontece que a média da população precisa de sete horas e 40 minutos de sono para sentir-se bem, mas há os curtos dormidores, que necessitam de menos de seis horas e meia, e os longos, que requerem mais de 8 horas."

A "siesta" é outro tema que desperta opiniões controversas. Enquanto uns acham que cochilar depois do almoço é um merecido descanso, outros vêem a prática com pouca tolerância. Mas cada vez mais estudos vêm demonstrando que a soneca traz benefícios físicos, como a recuperação do corpo, e mentais, como o aumento da concentração. "Ela é ótima para quem vai trabalhar à tarde", diz Mello.

Há quem não se adapte, porém, e acorde do cochilo vespertino meio mal humorado ou "grogue". "Mas a maioria se beneficiaria", afirma o psicobiólogo. O ideal, portanto, é que cada um experimente a siesta para saber se ela vai funcionar.

E se alguém falar pra você que cochilo é coisa de preguiçoso, diga que um estudo da Universidade de Harvard mostrou que sonecas diárias de 45 minutos são suficientes para turbinar a memória e o aprendizado. Não é um ótimo argumento?

A siesta perfeita

Você pode até usar o carro, baixando os bancos o máximo possível - mas estacione num lugar seguro;

Caso haja barulho, use tapa-ouvidos ou ouça música calma. Vale também sons de ondas, de pássaros, o que você considerar relaxante;

Feche as janelas, cortinas ou use uma máscara. A escuridão estimula a produção de melatonina, hormônio indutor do sono;

Segundo os fisioterapeutas, essa é a melhor posição para dormir: corpo de lado, com o travesseiro entre o ombro e o pescoço, e pernas levemente dobradas (pode haver um travesseiro ou almofada entre elas);

Faça sua siesta entre 12h e 14h. Nesse período, nossa temperatura tende a cair, estimulando o sono;

Programe um despertador para dormir entre 20 e 40 minutos, coincidindo o despertar com uma fase de sono leve. Sono atrasado? Vá de 90 minutos, um ciclo de sono completo;

Faça um almoço leve, rico em salada, legumes e frutas. Uma refeição pesada pode derrubar você;

Tome um café antes. A cafeína leva uns 25 minutos para fazer efeito e vai "bater" na hora de acordar. Isso só funciona para não-viciados;

Aprenda técnicas de meditação para relaxar a mente.

Saúde não pode ser só sobrevida, alerta médica

G1 - Artigos e textos autorais - 03/10/2008

A convite do jornal "New York Times", profissional da saúde faz reflexões.

Ela aponta que pode haver conflitos entre o médico e seu paciente.

Ela é tão frágil e fugaz quanto uma bolha de sabão e muda de forma com a facilidade de uma lâmpada de lava. Ela é tão difícil de definir quanto o amor e a felicidade, e até mais difícil de agarrar e manter.

É da sua saúde que estamos falando, aquela coisa intangível que você provavelmente acha que pessoas como eu, que sou médica, podem ajudá-lo a conseguir e manter. Por que será que todos nós ainda insistimos em tratar a saúde como um bem negociável em banco? É a solidez da nossa carne e dos nossos ossos? Os laboratórios divulgam resultados de exames como extratos bancários? De qualquer forma, a fábula aqui é que, com a obediência aplicada a conselhos de especialistas, praticamente qualquer um pode guardar um pouco de saúde para usar no futuro.

Na verdade, a saúde é o oposto de uma commodity. Ela passa voando rapidamente, como as fadas, desafiando todas as boas intenções e previsões. Ninguém consegue realmente articular o que a palavra significa; duas pessoas não entendem o conceito de saúde exatamente da mesma forma. E isso inclui você e seu médico.

Considere todas as coisas que podem estar erradas com você quando você diz que é saudável. Você pode ter olhos que não focam mais na página impressa. Pode estar cuidando de um braço ou perna quebrados; ou pode até não ter um braço ou uma perna. Você pode ter acne ou uma boca cheia de cáries. Suas unhas dos dedos do pé podem estar se desintegrando em fungos. Você pode ter rugas e um tremor. Ainda assim, você se acha legitimamente saudável.

Mas um dia algumas partículas virais chegam até o seu nariz. Depois vem o nariz entupido, febre, tosse. Imediatamente, você liga para o chefe. "Não vou trabalhar hoje", você murmura. "Muito doente".

Claro, você sabe que não está realmente doente, não no sentido que negue sua saúde atual. Você é saudável nos intervalos das doenças, doente nos intervalos da saúde. Seus ativos bancários estão seguros.

Então, é uma jornada complicada chegar à essência do que compõe a saúde e o que a destrói. O corpo continua seu tique-taque através de muito caos. Até no fundo dos nossos órgãos internos, onde a saúde é ameaçada com mais freqüência, as coisas podem ficar muito ruins antes de cruzarmos o rio entre a saúde e a doença.

Mulheres que recebem diagnóstico de câncer de mama, por exemplo, geralmente são bem saudáveis. É o anexo que está doente. Depois de eliminar o anexo, elas devem se submeter a um tratamento que faz com que elas fiquem enjoadas e enfermas, para que elas possam permanecer saudáveis. Mas, é claro, algumas não conseguem voltar a esse estado, porque o terror de uma doença recorrente pode ele mesmo negar a saúde.

Quando infecções epidêmicas chegaram à cidade há algum tempo, geralmente estava claro quem estava doente e quem não estava. Ainda assim, no meio de surtos de febre tifóide em Nova York no começo do século 20, uma das pessoas saudáveis era Mary Mallon, ou "Mary Tifóide", a cozinheira que carregava o germe que infectou dezenas de outras pessoas, e ainda assim nunca ficou doente. Ela morreu em quarentena, sem tifóide: a saúde da comunidade irá sempre vencer seu próprio estoque de saúde.

Insuficiência renal e do fígado claramente decretam o fim da saúde. Pelo menos antes era assim; hoje esse limite não é tão claro. Você tem seu órgão recentemente transplantado e ele funciona perfeitamente, desde que você tome um monte de pílulas para tornar seu sistema imunológico submisso. Você está doente? Está bem? Você está em uma ilhota no meio do rio, entre a cruz e a espada. Ainda assim, você acorda na manhã seguinte e se sente realmente bem.

Alguns gostam de chamar a pressão alta de "assassino invisível". Você acha que está bem com ela; quase todo mundo acha também. Como seu médico pacientemente explica, é simplesmente uma questão de risco. Seu risco de ataque cardíaco ou derrame é mais alto do que o necessário.

Medicamentos contra pressão alta diminuem esse risco. Eles não fazem absolutamente nada para sua saúde em si, mas, cada vez mais, saúde e risco estão se misturando. À medida que nos tornamos mais saudáveis, o conceito de saúde infla para adquirir uma quarta dimensão do tempo. Não é mais o bastante se sentir bem hoje; não somos saudáveis se não nos sentirmos bem amanhã, o dia depois de amanhã, até o dia em que não vamos mais acordar.

Vôo direto da saúde até a morte, sem escalas: esse é nosso objetivo hoje.

Uma paciente e eu temos conduzido diálogos cada vez mais existenciais sobre esses assuntos há anos. Ela tem uma infecção causada por HIV e um sistema imunológico tão defasado que é realmente extraordinário para ela estar tão saudável.

Ela é saudável, sem dúvida. Ela se sente bem. No passado, um médico a alertou que ela teria somente mais um ano de vida. Depois de 10 anos, ela perdeu a confiança nas previsões de especialistas.

Pela minha própria experiência com pacientes como ela, sei o futuro nada agradável que com certeza a espreita. Ela não tem interesse em deixar minhas impressões levá-la ao outro lado do rio. Ela só sabe que se sente bem. Além disso, ela tentou todas as drogas que mudariam seus riscos, e todas elas fazem com que ela se sinta doente.

Levantamos esse assunto várias vezes. Ela sempre anuncia o mesmo paradoxo: eu, com meus alertas melancólicos e minhas novas idéias de medicamentos, estou tentando deixá-la doente. Ela está determinada a permanecer saudável.

Saudável para infectar outras pessoas, eu observo. Saudável para deixar um filho órfão. Saudável até ela ficar tão doente quanto ninguém precisa ficar.

Saudável aqui e agora, ela insiste. Saudável o suficiente para não vomitar toda manhã, para poder trabalhar, pagar as contas e comprar uma bateria para o filho. Saudável para se sentir ela mesma.

Fica claro que existe saúde e saúde, e às vezes elas duas simplesmente não se encontram. Enquanto isso, cada vez que olho seus exames clínicos, fico doente.

Abigail Zuger
Do New York Times

Muita água faz bem para o corpo?

Paraná Online - Nutrição - 02/10/2008

Beber muita água é bom para a saúde? A água é essencial para o corpo humano, mas a definição de que todas as pessoas necessitam diariamente de dois litros de água pode ser mais um dos "mitos" alimentícios.

A obrigação de ingerir líquidos não pode ser fixada. O próprio corpo é quem determina a quantidade necessária, a qual depende de alguns fatores pessoais que estão diretamente relacionados ao sexo, idade, atividade física e até temperatura ambiente.

De acordo com o nutrólogo Maximo Asinelli, o correto é beber água sempre que sentirmos sede: "as pessoas devem criar a consciência de que beber água é uma necessidade do corpo, e é ele quem oficializa essa vontade", afirma. A água em maior quantidade deve ser consumida somente em casos de exceção como febre alta ou durante a prática de esportes.

Asinelli ainda releva a importância de que a ingestão exagerada de líquidos tem como conseqüência a dilatação do estômago, fazendo com que a pessoa coma mais. Além disso, existe outro fator que pode gerar mal estar às pessoas: "certo abuso também pode favorecer a diminuição do suco gástrico, que acaba atrapalhando a digestão", frisa o nutrólogo.

Ainda assim, vale ressaltar que o nosso corpo é composto 60% de água e que, em alguns casos, toda essa necessidade pode ser controlada por uma dieta balanceada. Se a pessoa mantiver um consumo freqüente de frutas (as quais tem em composição 90% água) a necessidade do corpo será mínima, e não será preciso que exista uma ingestão forçada do líquido. O ideal afirma o Nutrólogo é de que pessoas que estejam em processo de dietas de redução de pesso bebam água em pequenos "goles" continuamente durante todo o dia e evitem ingerir líquidos durante as refeições.

De qualquer forma, o mais importante é respeitar as vontades do nosso corpo. Lembre-se, como nossos pais já diziam: tudo em excesso faz mal, até água.

3 comentários:

Vânia Almeida disse...

Oi Celso,
Vi essas matérias no site da educação física, achei muito bacana e inclusive aqui que vcoê tem um público sempre presente.
Bom fim de semana
Vânia

Vânia Almeida disse...

Entrevista nova sobre obesidade com o médico Henri Bischoff no Cuidando do Corpo. Participe!
Bom fim de semana,

Vânia Almeida
http://cuidandodocorpo.blogspot.com/

Profº Alex Duarte disse...

olá tbm tenho um blog para profesores, vc aceita parceria?
www.2noesporte.blogspot.com
abrç